sábado, 8 de janeiro de 2011

Aterrissando em Copenhagen

Primeira viagem para a Dinamarca, chegamos preocupados com a língua e com o dinheiro. Não falamos uma palavra de dinamarquês e só tínhamos euro. Após um longo vôo com escala e na triste classe econômica, estávamos cansados e fomos direto para a fila do taxi. 

Primeira boa surpresa, o taxista nos explicou num inglês perfeito que em toda a Dinamarca o euro é perfeitamente aceito, e que qualquer lugar, inclusive os taxis, aceitava pagamento com cartão de crédito.
Muito simpático, perguntou de onde éramos e começou a falar sobre todos os jogadores de futebol brasileiros que ele conhecia. Disse que os dinamarqueses amam futebol, e que eles também parar de trabalhar para assistir aos jogos da copa. No final, nos recomendou que fossemos ao Tivoli naquela noite porque teria um show de rock gratuito.
Tívoli
Nosso hotel, Radisson Blue Royal, ficava ao lado do Tivoli, então realmente não tivemos dúvida. Descansamos um pouco no hotel, que achei muito bom, e seguimos direto para lá.
O Tivoli é uma mistura de parque de diversão com espaço para shows e bons restaurantes. Na primeira vez que li sobre esse lugar não entendi muito o espírito, sempre lia que era um parque de diversão e não entendia como podia ser o coração da cidade.
Na verdade o Tívoli é um espaco fechado, com entrada paga, e dentro há restaurantes para todos os gostos e bolsos, inclusive alguns com estrela Michelin, palcos para shows e teatros, brinquedos diversos desde uma montanha russa a barracas de tiro ao alvo, quiosques de sorvete e várias outras coisas.  
No final de semana, o lugar realmente fica cheio de dinamarqueses, turistas, familias com crianças, jovens, adultos e grupos de amigos conversando. E finalmente entendi porque é considerado o coração da cidade. 
Na nossa escolha por um restaurante, tentamos achar o mais cheio e com boa aparência.
Escolhemos o Grøften, um restaurante bem espaçoso e bonito, que estava praticamene lotado. Que povo bonito!!! Homens, mulheres, crianças... qualquer um deles poderia facilmente ser modelo aqui no Brasil rsrsrs.
Como nada é perfeito, não tivemos sorte com o prato. Perguntamos ao garçom qual era o prato tradicional da Dinamarca e ele nos disse um nome que não conseguimos entender, explicando que era o um prato feito de batata e carne. Meu marido e eu nos olhamos, mortos de fome, concordando que um prato com batata e carne não poderia ser ruim. Bom... era. Uma mistureba de batata com carne, onde não dava para sentir o gosto nem da batata nem da carne. Conseguimos comer, mas ficamos olhando os pratos bonitos de todas as outras mesas. Pelo menos, bebemos um vinho bom e vimos muita gente bonita.
Lição aprendida 1: perguntar qual é o prato que mais sai, não o prato mais tradicional.
Lição aprendida 2: se quiser arriscar, não pedir jamais o mesmo prato para os dois.   

Voltamos uma outra noite no Tívoli e fomos a um restaurante espetacular: Café Último. E aí sim foi a junção de um restaurante bom e comida deliciosa.
Ao sair do restaurante, vimos um aglomerado de pessoas e seguimos para lá. Era um palco, e assim que chegamos um grupo começou a tocar. Como fomos para lá sem ler nada sobre o show, não sabíamos nem o nome do conjunto, mas em poucos minutos vimos que a música era boa e a energia do lugar fantástica.
Sensação de liberdade incrível! O lugar estava lotado de gente, mas todo mundo cantando, dançando e bebendo cerveja na maior tranqüilidade. Aos poucos descobrimos que o show era uma banda dinamarquesa chamada Kashmir.
Banda Kashmir
O show acabou perto das onze horas da noite. Como fomos no final de junho, a noite ainda estava clara e o céu tinha uma tonalidade azul royal. Começa a escurecer às 10 horas da noite, mas vai escurecendo muito lentamente. O ceu vai ficando azul menos claro, menos menos claro, azul, azul escuro, mais escuro, mais mais escuro e só por volta da meia noite e que fica escuro mesmo. Muito diferente para nós brasileiros, e muito bonito também. Ah, às 3 horas da manhã ja começa a clarear novamente, no processo inverso ao descrito anteriormente.

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